Blog Rosana Cláudia Santos https://rosanaclaudiasantos.com Tue, 21 Jan 2025 15:50:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://i0.wp.com/rosanaclaudiasantos.com/wp-content/uploads/2025/01/cropped-FAVICON.png?fit=32%2C32&ssl=1 Blog Rosana Cláudia Santos https://rosanaclaudiasantos.com 32 32 240550692 Ficar de Mal com o Filho Adolescente Não Funciona – Não se Engane! | SÓ PREJUDICA https://rosanaclaudiasantos.com/ficar-de-mal-com-o-filho-adolescente-nao-funciona-nao-se-engane-so-prejudica/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=ficar-de-mal-com-o-filho-adolescente-nao-funciona-nao-se-engane-so-prejudica https://rosanaclaudiasantos.com/ficar-de-mal-com-o-filho-adolescente-nao-funciona-nao-se-engane-so-prejudica/#respond Tue, 21 Jan 2025 15:50:20 +0000 https://rosanaclaudiasantos.com/?p=128 Introdução Na jornada desafiadora da parentalidade, é comum que pais e mães enfrentem momentos de frustração e decepção com o comportamento dos filhos, especialmente durante a adolescência. Essa fase é repleta de mudanças e desafios, tanto para os adolescentes quanto para os pais. No entanto, adotar a postura de ficar de mal, ignorar ou se …

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Introdução

Na jornada desafiadora da parentalidade, é comum que pais e mães enfrentem momentos de frustração e decepção com o comportamento dos filhos, especialmente durante a adolescência. Essa fase é repleta de mudanças e desafios, tanto para os adolescentes quanto para os pais. No entanto, adotar a postura de ficar de mal, ignorar ou se afastar do adolescente como forma de punição ou demonstração de descontentamento pode ser uma estratégia contraproducente.

Este artigo explora as razões pelas quais essa abordagem não só é ineficaz, mas também prejudicial para o desenvolvimento emocional do jovem e para o relacionamento entre pais e filhos. Além disso, apresentaremos alternativas construtivas para lidar com conflitos, fortalecer o vínculo familiar e guiar os adolescentes de forma mais positiva e eficaz.

Entendendo o Comportamento Adolescente

A adolescência é um período de intensas mudanças físicas, emocionais, sociais e espirituais (novas crenças). Os jovens estão em busca de sua própria identidade, testando limites e explorando novas formas de expressão. Nesse contexto, é natural que ocorram conflitos e desentendimentos. No entanto, é essencial que os pais mantenham uma comunicação aberta e construtiva, ao invés de se fecharem em uma atitude de mágoa ou ressentimento. Ficar de mal com o filho adolescente não só falha em resolver o problema, como também pode agravar a situação, criando uma distância emocional que dificulta o diálogo e o entendimento mútuo, principalmente quando o filho fica enfurnado em sua caverna (o quarto) e só sai da lá para comer ou ir à escola.

 Quando os pais estão “de mal”, ou seja, ignorando (“deixa ele lá sozinho naquele quarto), ou não responde as mensagens  do whatsapp, por exemplo, ou quando o filho fala, mas não recebe a atenção necessária, ou ainda,  quando o filho deseja o compromisso com a galera e os pais não dão importância, entre outras atitudes negativas, o filho se sentirá excluído e vai pensar que suas coisas, realmente, não tem relevância para seus pais; isso será um reforço para que em outras situações tenha decisões e ações sem consultar os pais, e agindo, somente por conta própria vai se afastar cada vez mais e problemas inesperados poderão surgir.

O adolescente precisa ser supervisionado com a autoridade amorosa de seus pais, mesmo quando errou (“pisou na bola”) com seus pais. Entenda que erros são comuns nessa fase de experimentações de novos comportamentos que na infância não existiam. Ter a consciência de que se trata de uma nova fase recheada de transformações, inclusive na autonomia e liberdade, pois o adolescente que já não é mais criança passou a ter pensamentos e percepções que na infância não existiam, ou seja, os valores, o que é mais importante nas relações também está sendo modificado e quando um pai ou uma mãe fica ignorando, silenciando e se ausentando abre o precedente de que pode estar vivenciando uma imaturidade tanto quanto o filho que ainda está estruturando caráter e personalidade.

Essa é uma atitude errada e equivocada que iguala a mãe ou o pai numa condição “como se na casa só tivesse adolescentes”  que ficam desprovidos dos adulto dessa relação para reger e lapidar caráter, valores e princípios.

A Importância da Posição Firme e Assertiva

Uma postura firme e assertiva por parte de uma mãe ou um pai é fundamental para a condução adequada da educação dos filhos. Isso não significa ser autoritário ou inflexível, mas sim estabelecer limites claros e coerentes que promovam segurança e desenvolvimento saudável. Esses limites são claros quando informados e esclarecidos ao filho, principalmente sobre consequências que existem para o adolescente quando os mesmos tais limites não forem seguidos.

Quando os pais ficam de mal com o filho, eles abdicam, temporariamente, de seu papel orientador. Isso pode fazer com que o adolescente perca a referência de comportamento e valores que os pais representam. Em vez disso, é importante que os pais dialoguem, expressem seu descontentamento com comportamentos inadequados de maneira respeitosa e mantenham-se presentes e atuantes na vida do filho. Não é na ausência de uma mãe ou pai que o filho adolescente irá aprender e se endireitar.

Mas, sim, no cumprimento da missão materna ou paterna em ser a autoridade amorosa que rege, lapida, ajusta e firma os valores e princípios a serem seguidos como norte educativa na vida de um filho. A ausência poderá provocar a procura de um substituto, pois o que mais é vivenciado por um adolescente em sua fase de transformações são as dúvidas e angústias de pertencimento. A necessidade de pertencimento requer alguém que dê a direção certa para que o adolescente não se perca em sua jornada de novas vivências para o amadurecimento.

Por exemplo, se o adolescente “pisou na bola” – desrespeitou uma regra ou teve um comportamento inapropriado – os pais devem mostrar desaprovação de forma clara, mas sem desqualificá-lo como pessoa. É crucial que a correção do comportamento venha acompanhada de apoio e orientação, para que o jovem entenda o que precisa ser melhorado e como pode fazê-lo.

Consequências Negativas de Ficar de Mal

Ficar de mal com o filho adolescente pode ter consequências sérias e duradouras. Essa atitude prejudica a relação entre pais e filhos, afetando a confiança e a comunicação. Quando os adolescentes se sentem rejeitados ou ignorados, eles podem buscar aceitação e validação em outros lugares, o que os torna vulneráveis a influências negativas, como amizades tóxicas ou comportamentos de risco.

Além disso, essa postura pode impactar negativamente a autoestima e o bem-estar emocional do jovem. Ele pode internalizar a ideia de que é “difícil de amar” ou que seus erros são imperdoáveis, o que pode levar a sentimentos de inadequação ou até mesmo à ansiedade e depressão.

Outro efeito colateral dessa estratégia é o exemplo negativo que ela oferece. Quando os pais se afastam ou ignoram os filhos como forma de lidar com conflitos, eles estão ensinando – ainda que de forma não intencional – que a falta de comunicação é uma solução aceitável para problemas interpessoais. Isso pode afetar não apenas o relacionamento familiar, mas também as futuras relações do adolescente com amigos, parceiros e colegas de trabalho.

  • Alternativas Construtivas ao Conflito

Em vez de ficar de mal, os pais devem buscar estratégias construtivas para lidar com os desafios da adolescência. Essas alternativas incluem:

  • Estabelecer um Diálogo Aberto

Promova um ambiente onde sentimentos e perspectivas possam ser compartilhados sem medo de julgamentos. Pergunte ao adolescente como ele está se sentindo e ouça suas respostas com atenção genuína. Isso ajuda a criar um espaço de confiança e encoraja o jovem a se abrir.

  • Demonstrar Amor e Preocupação

Mesmo ao desaprovar comportamentos, os pais devem garantir que o adolescente saiba que é amado e valorizado. Frases como “Eu não gostei do que você fez, mas estou aqui para te ajudar a resolver isso” mostram que a relação é mais importante do que o erro cometido.

  • Usar a Disciplina como Ferramenta de Ensino

A disciplina deve ser aplicada com o objetivo de ensinar, não de punir. Explique as razões por trás das regras e as consequências naturais de suas ações. Isso ajuda o adolescente a desenvolver responsabilidade e habilidades de tomada de decisão.

  • Manter a Calma e a Resiliência

Modelar comportamentos saudáveis é uma das formas mais eficazes de ensinar. Quando os pais lidam com suas próprias emoções de forma equilibrada, mostram aos filhos como enfrentar conflitos de maneira produtiva.

  • Reconhecer as Conquistas

Equilibre as correções com reconhecimentos. Celebre as pequenas e grandes conquistas do adolescente, reforçando os comportamentos positivos.

Fortalecendo o Vínculo com o Filho Adolescente

Fortalecer o vínculo com o filho adolescente exige tempo, dedicação e esforço contínuo. Os pais devem se posicionar como figuras de autoridade amorosas, que combinam firmeza e carinho em suas interações.

Para isso, é importante:

  • Estar disponível: Mostre interesse genuíno pela vida do adolescente, perguntando sobre seu dia, seus amigos e suas atividades.
  • Respeitar a individualidade: Dê espaço para que ele explore sua identidade e faça escolhas dentro de limites seguros.
  • Criar momentos de conexão: Planeje atividades em família que sejam significativas para todos, como jantares, passeios ou até mesmo jogos em casa.
  • Praticar a escuta ativa: Ouça o que o adolescente tem a dizer sem interromper ou julgar, mostrando que sua opinião é valorizada.

Essas práticas ajudam a construir um relacionamento baseado em confiança e respeito mútuo, reduzindo os conflitos e promovendo uma convivência mais harmoniosa.

Ensinando a Lidar com Conflitos

Outro aspecto importante é ensinar o adolescente a lidar com conflitos de maneira saudável. Explique que desentendimentos são normais em qualquer relacionamento, mas que é necessário resolvê-los de forma respeitosa e construtiva.

O que fazer?

  • Identificar emoções: Ajude o jovem a reconhecer o que está sentindo e a expressar essas emoções de forma adequada.
  • Buscar soluções conjuntas: Incentive o adolescente a participar da resolução de conflitos, propondo alternativas que sejam justas para todos.
  • Refletir sobre as lições aprendidas: Após resolver um conflito, converse sobre o que cada um aprendeu e como podem evitar situações semelhantes no futuro.

Conclusão: Ficar de Mal Não é a Solução

Em resumo, ficar de mal com o filho adolescente não funciona e só prejudica a dinâmica familiar. Essa atitude pode gerar distanciamento, mal-entendidos e sentimentos de rejeição. Os pais devem buscar alternativas construtivas, como estabelecer um diálogo aberto, demonstrar amor e aplicar a disciplina de forma educativa.

A adolescência é um período desafiador, mas também uma oportunidade de crescimento para pais e filhos. Ao adotar uma postura firme e amorosa, os pais podem guiar seus filhos através dessa fase, fortalecendo o vínculo familiar e promovendo um desenvolvimento saudável e equilibrado.

Lembre-se:

o relacionamento entre pais e filhos é construído com base na presença, na empatia e no respeito. Cada gesto conta para criar uma conexão duradoura que acompanhará o adolescente por toda a vida.

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Comunicação Parental Eficaz https://rosanaclaudiasantos.com/comunicacao-parental-eficaz/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=comunicacao-parental-eficaz https://rosanaclaudiasantos.com/comunicacao-parental-eficaz/#respond Tue, 21 Jan 2025 15:42:11 +0000 https://rosanaclaudiasantos.com/?p=124 Introdução Compreender e se conectar com os adolescentes pode ser um desafio para muitos pais. A adolescência é uma fase de grandes mudanças e desenvolvimento, onde os jovens começam a buscar sua própria identidade e independência. Neste contexto, é essencial que pai e mãe estejam “na mesma página” que o seu filho adolescente está promovendo …

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Introdução

Compreender e se conectar com os adolescentes pode ser um desafio para muitos pais. A adolescência é uma fase de grandes mudanças e desenvolvimento, onde os jovens começam a buscar sua própria identidade e independência. Neste contexto, é essencial que pai e mãe estejam “na mesma página” que o seu filho adolescente está promovendo um diálogo eficaz e uma relação saudável.

A psicóloga parental Rosana Cláudia Santos destaca que a conexão saudável entre pais e filhos é a base para lidar com as complexidades dessa etapa da vida. A ausência dessa sintonia pode levar a desencontros na comunicação e, em última instância, a uma desconexão emocional que dificulta o diálogo e a convivência familiar.

Compreendendo o Mundo Adolescente

Para estar na mesma página que o seu filho adolescente está, é preciso entender que essa fase da vida é marcada por uma busca por reconhecimento e entendimento. Os adolescentes desejam ser vistos e compreendidos em suas angústias e necessidades. Muitas vezes, eles podem sentir que os pais não os entendem ou que estão desconectados de suas realidades. Por isso, é fundamental que os pais se aproximem de seus filhos sem julgamentos ou críticas, oferecendo um ambiente de apoio e compreensão.

O “olhar” de um mãe ou pai durante a adolescência tem mais valor do que se imagina, já que nessa etapa da vida existe a busca do pertencimento, de ser aceito, visto e valorizado, o que atenderá os requisitos de um boa autoestima. Se por ventura esse filho sente que está deixado de lado ou foi comparado com qualquer outro jovem surgirão sentimentos difíceis de serem suportados e, então, se rebela contra seus pais. De outro lado, necessitam da firmeza, segurança e confiança de seus pais para reger, ordenar, organizar e orientar a sua vida que ainda não tem estruturas emocionais prontas. O adolescente tem necessidades de ser suprido com a autoridade amorosa de seus pais. Repito: autoridade “amorosa”.

Evitando Desencontros na Comunicação

Um dos maiores desafios na relação entre pais e filhos adolescentes são os desencontros na comunicação. Muitas vezes, os pais acreditam que seus filhos já possuem todas as habilidades necessárias para realizar tarefas (um simples limpar o quarto, dobrar suas roupas pessoais ou roupas de cama, organizar seus pertences, lavar seus tênis, chinelos, etc.)  ou tomar decisões, quando na verdade, eles ainda estão aprendendo. Lembre-se que ainda sendo um adolescente está numa etapa de vida com desenvolvimento de habilidades e novas percepções de vida, inclusive com os vários tipos de raciocínios também em desenvolvimento para aprimorar, como por exemplo: raciocínio lógico, abstrato, espacial, coordenação motora sendo mais estreitada devido aos crescimentos em épocas de estirão, etc.

Por exemplo, pais podem se frustrar ao pedir que o filho arrume o quarto ou lave os próprios tênis, e o adolescente não realizar a tarefa da maneira esperada. Esse tipo de situação, aparentemente simples, pode gerar atritos quando não há clareza na orientação ou empatia para entender as dificuldades do jovem.

Para evitar esses desencontros, é essencial que os pais estejam atentos às necessidades reais e individuais do filho. Isso exige paciência para ensinar, orientar e, acima de tudo, escutar com atenção plena. Perguntas como “Você entendeu o que eu pedi?” ou “Como podemos fazer isso juntos?” podem facilitar a comunicação e evitar frustrações.

Além disso, os pais devem lembrar que os adolescentes estão constantemente testando seus limites, não apenas como um ato de rebeldia, mas como parte do processo de autodescoberta. Esse comportamento pode ser desafiador, mas é também uma oportunidade para ensinar sobre responsabilidade e consequências.

Construindo Pontes de Diálogo

Construir pontes de diálogo significa criar um espaço seguro onde pais e filhos possam compartilhar suas experiências, preocupações e expectativas. Isso requer mais do que simplesmente conversar; envolve uma escuta ativa e empática, onde o adolescente se sinta ouvido e respeitado.

Para estar na mesma página que o seu filho adolescente está, os pais devem adotar uma linguagem acessível e compreensível. Frases acusatórias, como “Você nunca me escuta!” ou “Por que você é tão teimoso?”, podem criar barreiras na comunicação. Em vez disso, use abordagens como “Eu percebo que você está chateado, vamos conversar sobre isso?” ou “Como posso ajudar você a resolver isso?”.

Em alguns casos, os adolescentes podem ter dificuldade em expressar seus sentimentos cara a cara. Nesses momentos, mensagens virtuais podem ser uma alternativa útil para iniciar uma conversa.
O importante é que os pais estejam abertos a diferentes formas de comunicação, mostrando disposição para entender o ponto de vista do filho.

Muitas vezes, filhos que não conseguem falar algo importante no “olho no olho” podem se beneficiar usando uma mensagem virtual, de forma esporádica, para iniciar a conversa tão necessária que vai ajudar esse filho.

Identificando e Lidando com Interferências

As interferências internas e externas são fatores que afetam diretamente a comunicação e o comportamento dos adolescentes. Internamente, mudanças hormonais podem causar oscilações de humor, mas não devem ser vistas como as únicas culpadas pelos desafios dessa fase.

Externamente, o ambiente social do adolescente também exerce uma grande influência. Situações aparentemente simples, como um desentendimento com amigos, uma reprovação na escola ou um comentário negativo nas redes sociais, podem ter um impacto significativo no humor e no comportamento do jovem.

Os pais precisam estar atentos a esses fatores e prontos para oferecer suporte emocional. Isso inclui observar mudanças no comportamento do filho e perguntar, sem invadir, como ele está se sentindo. Frases como “Você parece mais quieto hoje, algo aconteceu?” podem abrir espaço para um diálogo construtivo.

Além disso, é importante que os pais orientem seus filhos a lidar com influências externas como o grupo de amigos, novos acontecimentos no social da escola, no jogo de futebol, na escola de inglês, no passeio quando saiu para comer um lanche com a galera e algo negativo foi oferecido, um colega do condomínio que xingou…esses são exemplos aparentemente simples, mas que interferem drasticamente no humor jovem e podem desviar os adolescentes dos valores ensinados em casa. Os pais devem estar atentos a essas interferências e preparados para orientar seus filhos de maneira construtiva, mantendo-se na mesma página que eles de forma saudável, reforçando valores familiares e ensinando-os a discernir entre o que é positivo e o que pode ser prejudicial.

Fortalecendo a Conexão Familiar

Uma conexão familiar forte é o alicerce para um relacionamento saudável entre pais e filhos. Demonstrar amor, interesse e valorização pela presença do adolescente em casa contribui para que ele se sinta parte da família e menos inclinado a buscar aceitação apenas fora dela.

Atitudes simples, como perguntar sobre o dia, participar de atividades em conjunto ou simplesmente estar disponível para ouvir, fazem uma grande diferença. Além disso, os pais podem criar momentos específicos para fortalecer os laços, como jantares em família, noites de jogos ou passeios ao ar livre. Uma simples pergunta como “Filho(a) o que gostaria de fazer hoje conosco? temos um tempo para você com exclusividade” poderá fazer toda a diferença para que o jovem filho adolescente perceba que tem a atenção e a disposição de seus pais para com ele. Nem sempre o adolescente espera que esse tipo de pergunta lhe seja feita. Surpreenda o seu filho para que sinta que ele tem a sua atenção e a sua vontade em estar com ele.

O respeito mútuo é outro pilar essencial. Isso significa reconhecer as individualidades do adolescente, permitindo que ele tenha voz nas decisões que afetam sua vida. Quando os pais valorizam a opinião do filho, ele se sente mais confiante e disposto a colaborar em outras áreas, como as responsabilidades domésticas ou os limites estabelecidos.

Enfrentando os Desafios do Mundo Digital

Vivemos em uma era onde a tecnologia e as redes sociais desempenham um papel central na vida dos adolescentes. Embora esses ambientes possam oferecer oportunidades de aprendizado e socialização, eles também trazem desafios que podem impactar a saúde emocional e a comunicação familiar.

Os pais precisam entender como seus filhos utilizam a tecnologia e, ao mesmo tempo, estabelecer limites saudáveis. Isso pode incluir combinar horários para o uso de dispositivos, monitorar o conteúdo acessado e participar ativamente do mundo digital do adolescente, sem ser invasivo.

Além disso, é importante ensinar os jovens a lidar com os aspectos negativos das redes sociais, como comparações irreais, cyberbullying e excesso de exposição. Conversas abertas sobre esses tópicos ajudam a preparar o adolescente para navegar por esses ambientes de forma mais segura e equilibrada.

Promovendo a Autonomia com Responsabilidade

Estar na mesma página que o adolescente não significa tratá-lo como uma criança, mas sim equilibrar a liberdade com responsabilidade. Os pais devem incentivar a autonomia, permitindo que o filho tome decisões sobre certos aspectos de sua vida, enquanto continuam oferecendo orientação e suporte.

Por exemplo, os pais podem envolver o adolescente no planejamento de tarefas domésticas ou decisões familiares, como escolher um destino de férias. Essas experiências ajudam o jovem a desenvolver habilidades práticas e a entender a importância de colaboração e compromisso.

Ao mesmo tempo, é fundamental estabelecer limites claros e consistentes. A liberdade sem orientação pode levar a escolhas impulsivas ou prejudiciais. Por isso, os pais devem sempre estar disponíveis para conversar sobre as consequências das decisões e ajudar o adolescente a refletir sobre suas ações.

Conclusão: A Importância de Estar na Mesma Página

Estar na mesma página que o seu filho adolescente está exige esforço, paciência e disposição para aprender junto com ele. Esse processo não se resume a impor regras ou oferecer soluções prontas, mas sim a construir um relacionamento baseado em respeito, empatia e comunicação aberta.

A adolescência é uma fase desafiadora, mas também é uma oportunidade de crescimento para pais e filhos. Ao estabelecer uma conexão genuína e promover um diálogo eficaz, os pais podem ajudar seus filhos a superar os desafios dessa etapa e a desenvolver habilidades que os prepararão para a vida adulta.

Lembre-se:

cada conversa, cada gesto de apoio e cada momento de conexão contribuem para fortalecer o vínculo familiar e preparar o adolescente para um futuro mais equilibrado e bem-sucedido.

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A Importância do Papel dos Pais na Educação Emocional dos Adolescentes https://rosanaclaudiasantos.com/a-importancia-do-papel-dos-pais-na-educacao-emocional-dos-adolescentes/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=a-importancia-do-papel-dos-pais-na-educacao-emocional-dos-adolescentes https://rosanaclaudiasantos.com/a-importancia-do-papel-dos-pais-na-educacao-emocional-dos-adolescentes/#respond Tue, 21 Jan 2025 15:29:36 +0000 https://rosanaclaudiasantos.com/?p=118 Introdução A adolescência é uma fase marcada por intensas transformações físicas, emocionais e sociais. Durante esse período, os jovens enfrentam uma verdadeira montanha-russa de sentimentos, que pode gerar confusão, incertezas e, muitas vezes, conflitos. É nesse contexto que o papel dos pais se torna crucial. Mais do que provedores ou figuras de autoridade, mãe e …

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Introdução

A adolescência é uma fase marcada por intensas transformações físicas, emocionais e sociais. Durante esse período, os jovens enfrentam uma verdadeira montanha-russa de sentimentos, que pode gerar confusão, incertezas e, muitas vezes, conflitos. É nesse contexto que o papel dos pais se torna crucial. Mais do que provedores ou figuras de autoridade, mãe e pai precisam assumir a posição de orientadores emocionais, ajudando seus filhos a navegar por essas águas turbulentas com mais segurança e equilíbrio.

Ensinar os adolescentes a identificar, compreender e gerenciar suas emoções é uma tarefa que exige paciência, empatia e consistência. Quando os pais exercem esse papel de maneira efetiva, eles não apenas fortalecem o vínculo familiar, mas também preparam os filhos para lidarem com os desafios emocionais da vida adulta de forma mais madura e resiliente.

Neste artigo, exploraremos as diversas maneiras pelas quais os pais podem contribuir para a educação emocional de seus filhos adolescentes, abordando desde a identificação de emoções até a superação de conflitos.

A Autoridade Amorosa e o Papel Orientador dos Pais

A relação entre pais e adolescentes muitas vezes enfrenta tensões devido ao desejo natural dos jovens por maior autonomia. Nesse cenário, o conceito de autoridade amorosa ganha destaque. Ser uma autoridade amorosa significa exercer liderança com equilíbrio, combinando firmeza e carinho. Existe uma hierarquia na família em que pai e mãe são autoridades sobre a vida do filho, porém amorosa. Não podemos confundir autoridade com autoritarismo, pois com o adolescente queremos que haja compreensão, entendimento e aprendizado sobre os valores e princípios adequados que regem a educação de um filho. Quando o filho adolescente é levado a percepções de suas próprias decisões, ações e consequências, certamente, terá ampliado a sua consciência para a decisão que mais seja adequada nos seus comportamentos mediante as consequência que deverá suportar.

Ao contrário do autoritarismo, que se baseia em controle e punição, a autoridade amorosa visa orientar o adolescente a refletir sobre suas escolhas e decisões. Trata-se de educar para que o jovem desenvolva discernimento – a capacidade de separar emoções de reações. Por exemplo, sentir raiva é natural, mas aprender a expressá-la de maneira saudável e construtiva é uma habilidade que precisa ser ensinada.

Os pais que adotam essa abordagem ajudam seus filhos a internalizar valores e princípios que guiarão suas decisões ao longo da vida. Em vez de apenas impor regras, eles ensinam o “porquê” por trás delas, promovendo um diálogo aberto e respeitoso.

Identificando e Entendendo as Emoções do Adolescente

O primeiro passo para orientar os adolescentes em sua educação emocional é ajudá-los a identificar e entender seus sentimentos. Durante a adolescência, é comum que os jovens apresentem comportamentos como irritabilidade, mau humor e explosões emocionais aparentemente “sem motivo”. Para os pais, pode ser desafiador lidar com essas reações, mas é fundamental compreender que elas são reflexos de emoções internas muitas vezes não verbalizadas.

Uma forma eficaz de começar é observar atentamente o comportamento do adolescente e identificar padrões. Ele fica ansioso antes de provas na escola? Irrita-se mais facilmente após usar redes sociais? Sentir-se ignorado por amigos o deixa triste? Essas observações fornecem pistas valiosas sobre as emoções que estão em jogo.

No entanto, é importante evitar julgamentos ou comparações. Cada adolescente é único e vive suas experiências de maneira particular. Frases como “Na sua idade, eu não era assim” ou “Seu irmão não faz isso” podem ser prejudiciais e criar barreiras na comunicação. Em vez disso, os pais devem adotar uma postura de escuta ativa, oferecendo um espaço seguro para que o adolescente possa expressar suas emoções sem medo de críticas.

Ensinando a Discernir e a Lidar com as Emoções

Após a identificação das emoções, mãe e pai devem ensinar seus filhos adolescentes a discernir entre o que é positivo e o que é negativo. Esse processo de discernimento é essencial para que o jovem possa tomar decisões saudáveis e construtivas. Os pais devem encorajar seus filhos a expressarem seus sentimentos e a buscarem soluções para os conflitos emocionais. A comunicação aberta e honesta é a chave para que os adolescentes se sintam compreendidos e apoiados, e para que possam aprender a gerenciar suas emoções de forma eficaz.

Atualmente, a tecnologia nas redes sociais, tem sido usada demais para expressões jovens através de imagens, vídeos, músicas, figurinhas, Gifs, etc. Sendo mãe ou pai de adolescente se abra para fazer uso da tecnologia tendo a oportunidade participativa dos contextos sociais tecnológicos com seu filho adolescente, esteja presente nesse tipo de ambiente, também, pois é fundamental a sua supervisão e compreensão das novas formas de expressão do seu jovem filho. Inclusive, a galera jovem que se conecta com seu filho também estão nesse ambiente tecnológico que além de relacionamentos sociais virtuais também apresenta uma avalanche de tipos de novos estímulos de mercado financeiro, lojas, novidades de todos os tipos. O que os pais não veem não sabem; se não sabem, não se conscientizam da necessidade de orientação usando a sua autoridade amorosa.

Algumas estratégias práticas incluem:

Validar os sentimentos: Dizer algo como “Eu entendo que você esteja frustrado” mostra empatia e validação emocional.

Perguntar “O que podemos fazer para que você se sinta mais preparado para a próxima prova?” ajuda o adolescente a encontrar soluções.

Modelar comportamentos saudáveis: Demonstrar como lidar com as próprias emoções de maneira equilibrada serve como exemplo para o jovem.

A Influência da Tecnologia na Educação Emocional

Vivemos em uma era onde a tecnologia e as redes sociais desempenham um papel significativo na vida dos adolescentes. Esse ambiente digital oferece novas formas de expressão, mas também traz desafios que podem impactar a saúde emocional dos jovens.

Os pais precisam estar presentes nesse universo, não como intrusos, mas como participantes e observadores atentos. Isso significa entender como as redes sociais influenciam as emoções do adolescente – seja gerando ansiedade por causa de comparações, seja oferecendo validação por meio de curtidas e comentários.

Além disso, a tecnologia pode ser usada como uma aliada na educação emocional. Existem aplicativos que ajudam a monitorar o humor, vídeos educativos sobre inteligência emocional e até jogos que ensinam habilidades como empatia e resolução de conflitos. No entanto, é essencial que os pais também estabeleçam limites saudáveis para o uso da tecnologia, evitando que ela substitua interações reais e momentos de conexão familiar.

Desmistificando o Papel dos Hormônios na Adolescência

Embora os hormônios desempenhem um papel nas mudanças emocionais da adolescência, atribuir todos os comportamentos do jovem a eles é simplificar demais a questão. As emoções dos adolescentes são moldadas por uma combinação de fatores, incluindo experiências sociais, expectativas culturais e até mesmo o ambiente familiar.

Por exemplo, um adolescente que vive em um ambiente onde há pouca comunicação ou conflitos frequentes pode apresentar maior instabilidade emocional, independentemente de fatores hormonais. Por isso, é essencial que os pais estejam atentos ao contexto mais amplo em que o jovem está inserido.

Compreender que os hormônios são apenas uma peça do quebra-cabeça ajuda os pais a adotar uma abordagem mais equilibrada, focando na resolução de problemas e no fortalecimento emocional, em vez de simplesmente esperar que “essa fase passe”.

Consequências das Emoções Não Resolvidas na Adolescência

As emoções não resolvidas durante a adolescência podem ter repercussões significativas na vida adulta. Jovens que não aprendem a lidar com seus sentimentos de forma saudável podem desenvolver dificuldades em relacionamentos, problemas de autoestima e até mesmo transtornos emocionais, como ansiedade e depressão.

Por outro lado, quando os pais estão presentes e envolvidos no desenvolvimento emocional do adolescente, eles ajudam a criar uma base sólida para o futuro. Isso inclui ensinar habilidades como:

  • Resiliência: A capacidade de se recuperar de adversidades.
  • Empatia: Colocar-se no lugar do outro e compreender diferentes perspectivas.
  • Autocontrole: Regular emoções e impulsos de maneira eficaz.

Essas habilidades não apenas ajudam os adolescentes a superar os desafios da juventude, mas também os preparam para serem adultos emocionalmente equilibrados e bem-sucedidos.

Oportunidades de Conexão Familiar Durante a Adolescência

Embora a adolescência seja muitas vezes vista como um período de distanciamento entre pais e filhos, ela também pode ser uma oportunidade de fortalecer os laços familiares. Os pais podem usar essa fase para construir uma relação baseada em confiança, respeito e apoio mútuo.

Atividades simples, como fazer refeições juntos, praticar esportes ou assistir a um filme, podem criar momentos de conexão genuína. Além disso, envolver o adolescente em decisões familiares ou pedir sua opinião em assuntos importantes mostra que ele é valorizado como parte integrante da família. Aliás, sentir-se partícipe da família é algo que mostra ao adolescente o quanto é querido e que suas opiniões e sugestão são validadas por sua mãe ou pai. Afinal, o filho mesmo vivenciando sua nova etapa de vida recheada de transformações também poderá oferecer ideias, alterações no meio familiar que poderão ser bem-vindas e que acrescentarão resultados positivos não pensados pelos pais. Esse filho também é parte integrante da família e sendo um dos membros também merece e tem o direito de ser escutado e quando oportuno ser acatada a opinião ou sugestão dada. Inclusive, quando isso acontece marca  e firma  a aceitação de si nessa família.

Conclusão: Preparando os Adolescentes para a Vida Adulta

Educar emocionalmente um adolescente é um investimento que traz benefícios para toda a vida. Quando mãe e pai se comprometem a orientar seus filhos nessa área, eles estão equipando-os com ferramentas indispensáveis para enfrentar os desafios do mundo com coragem e sabedoria.

A adolescência não é apenas um período de transição; é uma oportunidade de crescimento, tanto para os jovens quanto para os pais. Ao adotar uma postura de autoridade amorosa, investir na comunicação e estar presente nos momentos difíceis, os pais podem transformar essa fase em um terreno fértil para o desenvolvimento de adultos emocionalmente inteligentes, resilientes e preparados para brilhar em todos os aspectos da vida.

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Desafio de Ser Mãe de Adolescente https://rosanaclaudiasantos.com/desafio-de-ser-mae-de-adolescente/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=desafio-de-ser-mae-de-adolescente https://rosanaclaudiasantos.com/desafio-de-ser-mae-de-adolescente/#respond Tue, 21 Jan 2025 15:15:34 +0000 https://rosanaclaudiasantos.com/?p=113 Introdução Ser mãe de adolescente já é uma jornada cheia de desafios, e quando se tem dois ou mais filhos, as dinâmicas familiares podem se tornar ainda mais complexas. As brigas entre irmãos são comuns, mas não devem ser encaradas como “normais” ou algo que faz parte do cotidiano sem solução. Elas podem causar estresse, …

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Introdução

Ser mãe de adolescente já é uma jornada cheia de desafios, e quando se tem dois ou mais filhos, as dinâmicas familiares podem se tornar ainda mais complexas. As brigas entre irmãos são comuns, mas não devem ser encaradas como “normais” ou algo que faz parte do cotidiano sem solução. Elas podem causar estresse, desgaste emocional e, em alguns casos, prejudicar a relação entre os filhos a longo prazo. Por isso, é essencial que os pais intervenham de forma construtiva, promovendo o entendimento e a harmonia dentro de casa.

Durante a adolescência, os filhos estão passando por mudanças profundas, tanto físicas quanto emocionais, que afetam suas personalidades e comportamentos. Esse período pode trazer atritos com os irmãos mais novos, que ainda estão em uma fase mais dependente e lúdica da vida. Para a mãe, o desafio está em equilibrar a necessidade de dar suporte ao adolescente, respeitando sua busca por autonomia, e ao mesmo tempo atender às demandas dos outros filhos, que podem exigir atenção redobrada.

Neste artigo, vamos explorar as principais causas dos conflitos entre irmãos, especialmente quando um deles é adolescente, e como os pais podem agir para mediar essas situações de maneira equilibrada. Além disso, discutiremos estratégias práticas para construir um ambiente familiar mais harmonioso e saudável.

Compreendendo as Raízes do Conflito

Os conflitos entre irmãos, especialmente envolvendo adolescentes, geralmente têm causas mais complexas do que parecem à primeira vista. Eles podem surgir por razões simples, como disputar um brinquedo ou o controle da televisão, mas também por questões mais profundas, como ciúmes, insegurança ou diferenças na forma como os pais tratam cada filho.

Para o adolescente, essa fase da vida é marcada por uma intensa busca por identidade. Ele está começando a entender quem é fora do contexto familiar, ao mesmo tempo que enfrenta a pressão de se adaptar às mudanças sociais e físicas. Esse processo pode fazer com que ele se sinta sobrecarregado, e, muitas vezes, o irmão mais novo se torna um alvo fácil para descontar frustrações.

Já para o irmão mais novo, a adolescência do outro pode ser um momento confuso. Por que aquele irmão que antes brincava e interagia mais agora parece distante, irritado ou desinteressado? Isso pode gerar comportamentos de provocação, como mexer nas coisas do adolescente ou insistir em fazer parte de seu mundo.

Outros fatores que influenciam os conflitos incluem:

Diferenças de idade: Quanto maior a diferença de idade entre os irmãos, mais difícil pode ser encontrar atividades em comum ou interesses compartilhados.

Percepção de favoritismo: Se um filho sente que o outro recebe mais atenção ou privilégios, isso pode gerar ressentimento.

Mudanças familiares: Divórcio, mudança de residência ou dificuldades financeiras podem aumentar o estresse e intensificar as brigas.

Reconhecer essas raízes é o primeiro passo para abordar os conflitos de maneira eficaz.

Estabelecendo Limites e Privacidade

Respeitar os limites e a privacidade é uma das formas mais eficazes de reduzir os conflitos entre irmãos. Isso é especialmente importante para o adolescente, que está em um momento de transição para a vida adulta e precisa de um espaço próprio para se sentir seguro e respeitado.

O quarto do adolescente, por exemplo, não é apenas um lugar onde ele dorme, mas um refúgio, uma espécie de “santuário” onde ele pode se desconectar do mundo exterior e processar suas emoções. Permitir que ele tenha controle sobre quem entra ou usa suas coisas é fundamental para fortalecer sua autonomia e autoestima.

Para os irmãos mais novos, é importante ensinar, desde cedo, a importância de pedir permissão antes de usar qualquer coisa do irmão mais velho. Isso não apenas evita conflitos, mas também promove valores como respeito e empatia.

Algumas estratégias para estabelecer limites incluem:

Criar regras claras: Explique para todos os filhos que o respeito ao espaço e aos pertences dos outros é obrigatório.

Reforçar a comunicação: Oriente os irmãos mais novos a sempre perguntar antes de entrar no quarto ou pegar algo emprestado.

Divisão de espaços e recursos: Se os irmãos compartilham um quarto ou um item, como um videogame, defina horários específicos para cada um.

Esses limites ajudam não apenas a evitar conflitos, mas também a preparar os filhos para respeitar as necessidades e os espaços dos outros em diferentes contextos da vida.

A Arte da Mediação Familiar

A mãe desempenha um papel central como mediadora dos conflitos. No entanto, é fundamental que essa mediação seja feita de maneira justa, sem tomar partido ou favorecer um dos filhos.

O primeiro passo para uma mediação eficaz é ouvir ativamente os dois lados. Quando um conflito surgir, reserve um momento para que cada filho possa explicar sua perspectiva sem interrupções. Muitas vezes, os conflitos se intensificam porque as crianças ou adolescentes sentem que suas vozes não estão sendo ouvidas.

Uma boa prática é usar a mediação como uma oportunidade para ensinar habilidades de resolução de problemas. Por exemplo, se um dos filhos reclama que o outro pegou seu objeto sem permissão, incentive-os a pensar juntos em uma solução. Isso pode incluir combinações como:

Estabelecer regras sobre o uso compartilhado.

Criar um “acordo de empréstimo” onde o item só pode ser usado com consentimento prévio.

Outra dica é evitar comparações entre os filhos, mesmo que de forma sutil. Frases como “Por que você não pode ser mais organizado como seu irmão?” ou “Seu irmão nunca faz isso” podem alimentar sentimentos de rivalidade e ressentimento.

Comunicação: A Chave para a Harmonia

Uma comunicação eficaz é o alicerce de qualquer relacionamento saudável, e isso não é diferente no contexto familiar. Para prevenir ou resolver conflitos entre irmãos, é essencial criar um ambiente onde todos se sintam à vontade para expressar seus sentimentos e preocupações.

Aqui estão algumas dicas para melhorar a comunicação familiar:

Pratique a escuta ativa: Mostre aos seus filhos que você está genuinamente interessada no que eles têm a dizer. Evite interrompê-los ou minimizar suas emoções.

Promova conversas regulares: Reserve momentos específicos para reunir a família e discutir questões importantes ou simplesmente conversar sobre o dia a dia.

Seja um exemplo: As crianças aprendem pelo exemplo, então demonstre como se comunicar de forma respeitosa e assertiva.

Use a linguagem das emoções: Ensine seus filhos a nomear e expressar o que sentem. Isso pode ajudá-los a entender suas próprias reações e a se conectar melhor com os outros.

Respeitando a Individualidade do Adolescente
e do Irmão Mais Novo

Respeitar a individualidade de cada filho é essencial para criar um ambiente familiar harmonioso. Cada criança tem suas próprias necessidades, interesses e maneiras de lidar com o mundo, e reconhecê-las é uma forma de fortalecer o vínculo entre os irmãos.

Para o adolescente, isso significa dar espaço para que ele explore sua identidade e tome decisões sobre sua vida, dentro de limites razoáveis. Já para o irmão mais novo, pode significar encontrar maneiras de incluí-lo nas atividades familiares, sem forçar interações que possam causar atritos.

Promova momentos de conexão entre os irmãos, mas respeite suas diferenças. Atividades em família, como jogos, passeios ou projetos criativos, podem ajudar a fortalecer os laços de maneira natural e divertida.

O Papel do Autocuidado na Maternidade

Cuidar de si mesma é tão importante quanto cuidar dos filhos. Quando a mãe está emocionalmente equilibrada, ela é capaz de lidar melhor com os desafios familiares e oferecer suporte de maneira eficaz. É muito comum a mãe dar privilégios de tempo, cuidados, lazer, social e até nas compras para os filhos e deixar-se para depois. Ocorre que esse depois nem sempre chega no tempo necessitado por essa mulher mãe que também sofre com a falta do abastecimento de suas próprias necessidades. Uma mãe que se cuida da forma certa e alcança o equilíbrio em também dar o suprimento ao filho se tornará uma mãe mais empática, resiliente e até vai curtir cada novidade de vida, transformações dessa etapa e até desejar participar mais ativamente do mundo jovem e/ou infantil de cada filho em questão. Costumo dizer que participar do mundo do filho, seja infantil ou adolescente, da forma certa com o diálogo que flui na comunicação fará com que ambos, filhos e mãe e até mesmo o pai, tenham mais apriximidade, mais intimidade o que vai reverberar em mais confiança e segurança nessa relação parental.

Pratique atividades que lhe tragam prazer e relaxamento, como ler, meditar, fazer exercícios ou simplesmente descansar. Além disso, não hesite em buscar apoio de outras mães, familiares ou até mesmo profissionais, se necessário. Uma mãe não precisa se manter sozinha em suas atividades educativas, pedir ajuda a um profissional ou a alguém de sua confiança e que tenha um entendimento aceitável e saudável sobre o mundo infantil ou jovem. Quando não há alguém próximo de sua confiança a busca por um profissional da psicologia será muito bem vindo para trazer os ajustes e estruturação necessária nesse relacionamento entre irmãos e/ou parental.

Conclusão: Construindo um Ambiente Familiar Equilibrado

Ser mãe de adolescente e lidar com os desafios das dinâmicas entre irmãos é uma tarefa que exige resiliência, empatia e dedicação. No entanto, com as estratégias certas, é possível criar um ambiente onde todos se sintam respeitados, valorizados e conectados.

Lembre-se de que cada filho é único e merece atenção individualizada. Ao promover o respeito, a comunicação e o entendimento mútuo, você estará contribuindo para a formação de jovens mais empáticos, responsáveis e preparados para os desafios da vida. Cada jovem adolescente tem sua própria forma de ser, personalidade autêntica, por isso não cabe a comparação entre irmãos, sendo necessário, também, a busca pelo entendimento da individualidade de cada um. Não porque um quer fazer algo que o outro tenha que fazer também. A obrigação de ter que se submeter aos desejos do outro irmão configura desrespeito e provoca raiva, descontentamento e até afastamento entre eles.

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“Mãe de adolescente sofre à toa!” Você já ouviu essa frase? https://rosanaclaudiasantos.com/mae-de-adolescente-sofre-a-toa-voce-ja-ouviu-essa-frase/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=mae-de-adolescente-sofre-a-toa-voce-ja-ouviu-essa-frase https://rosanaclaudiasantos.com/mae-de-adolescente-sofre-a-toa-voce-ja-ouviu-essa-frase/#respond Fri, 17 Jan 2025 16:10:17 +0000 https://rosanaclaudiasantos.com/?p=105 Vamos entender isso! Ao longo da jornada de criar um filho, é comum escutar a expressão “mãe de adolescente sofre à toa”. Mas será que essa afirmação reflete a realidade? Será que uma mãe de adolescente tem esse tipo de situação? A maternidade, especialmente durante a adolescência dos filhos, é marcada por uma série de …

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Vamos entender isso! Ao longo da jornada de criar um filho, é comum escutar a expressão

“mãe de adolescente sofre à toa”.

Mas será que essa afirmação reflete a realidade? Será que uma mãe de adolescente tem esse tipo de situação? A maternidade, especialmente durante a adolescência dos filhos, é marcada por uma série de desafios e preocupações que são tudo, menos infundadas.

Vamos desvendar os motivos pelos quais essa frase não só desvaloriza os sentimentos maternos, mas também ignora as complexidades inerentes ao crescimento dos jovens.

A verdadeira razão do sofrimento materno

Contrariamente ao que sugere a frase, o sofrimento de uma mãe de adolescente não é infundado.
As mães possuem uma conexão íntima e profunda com seus filhos, o que as torna sensíveis às mudanças e desafios pelos quais eles passam. Uma mãe tem a sabedoria e percepção diferenciada do pai, pois gestou e tem uma atenção de forma mais específica e mais detalhada, o que a faz perceber, por exemplo, quando o filho abre ou bate uma porta de forma diferente do habitual, quando o filho está com um rosto expressando sentimentos confusos ou até mesmo raiva, o que é muito comum na adolescência.

O pai, muitas vezes, por sua qualidade de poder, proteção e provedor tem sua atenção, geralmente, de forma mais abrangente e, assim generaliza os comportamentos vistos por um filho. Já a mãe por sua percepção detalhista consegue perceber minúcias dos gestos, comportamentos ou da comunicação que a instiga pensar que algo não vai bem e assim, a preocupação ou estado de alerta surgem até de forma inesperada causando uma inquietação materna.

Quando o processo da adolescência inicia, com a puberdade, aos 10 anos, seguido da pré-adolescência aos 11/12 anos de idade, as transformações começam a ficar mais visíveis para essa mãe que, até então, lidava com uma criança que, desde a sua gestação e parto, vinha aprendendo as ações necessárias para educá-la na infância. Com o início de um novo processo (adolescência), a mãe se depara com algo completamente novo e diferente, experimentando as emoções de um segundo parto simbólico. É tudo muito novo: ela precisa reaprender como lidar com esse ser humano, que se torna, muitas vezes, desconhecido nas suas reações emocionais e comportamentais.

Além de suas preocupações naturais e do zelo materno, agora ela passa a lidar com o estranhamento desse filho que ainda precisa ser entendido. Essa nova etapa exige da mãe mais empatia, resiliência e capacidade de adaptação. Entre mãe e filho, existe um elo que permite que a mãe perceba quando algo não vai bem, mesmo que não seja algo visível ou concreto. Portanto, o sofrimento materno é uma resposta natural às preocupações e ao cuidado contínuo com o bem-estar dos filhos.

O impacto das mudanças na dinâmica familiar

O surgimento da adolescência impacta toda a dinâmica familiar. O jovem, ao buscar sua independência, muitas vezes resiste à supervisão e orientação materna. Para a mãe, isso pode ser percebido como uma rejeição, aumentando sua sensação de sofrimento. Esse afastamento, embora natural, precisa ser entendido como parte do processo de crescimento do filho e não como uma negação do vínculo afetivo. Nessa nova etapa de vida, o processo da adolescência, o jovem filho está na busca de maior autonomia e liberdade, o que poderá ser confundido pela mãe sensibilizada como uma rejeição.

Além disso, o ambiente familiar se transforma. Rotinas, responsabilidades e até mesmo a comunicação entre os membros da família são afetados. A mãe, que antes tinha um papel central e direto na organização da vida do filho, precisa encontrar novas formas de participar, respeitando a autonomia do adolescente. Esse ajuste, apesar de desafiador, é essencial para promover um relacionamento saudável e equilibrado. A infância acabou e será necessário encontrar novas formas de relacionamento com esse filho que agora já vive as suas transformações biopsicossocioespiritual.

  • “Bio” de biológico (o corpo físico vive suas transformações para um futuro adulto)

  • “Psico” de psicológico (a psiquê, os sentimentos também sofrem alterações nas suas transformações) 

  • “Socio” de social (as relações de amizades passam a ter outro tipo de importância sendo ampliada com as novidades de vida que surgem)

  • “Espiritual”, no sentido dos valores, princípios, visão de mundo e de manter ou ter novas crenças. Enfim, muitas transformações e modificações que trazem o alerta e preocupação materna para mães mais atentas e sensibilizadas com esse novo período de vida de seu filho.

A sintonia entre mãe e filho

Uma mãe que mantém uma sintonia com seu filho adolescente está mais apta a entender as transformações pelas quais ele está passando. Essa sintonia não é algo que acontece por acaso; é fruto de um relacionamento construído com base na confiança, no diálogo e na presença constante. Mães que participam ativamente do mundo dos seus filhos, seja por meio de atividades conjuntas como esportes ou simplesmente estando disponíveis para conversar, fortalecem esse vínculo e, consequentemente, estão mais preparadas para lidar com as adversidades da adolescência.

Por exemplo, dedicar tempo para entender os interesses do filho, como música, jogos ou hobbies, demonstra ao jovem que ele é valorizado e compreendido. Essa atitude não só fortalece o vínculo, mas também reduz a sensação de isolamento que muitos adolescentes enfrentam.

Os desafios da adolescência e o papel da mãe

A adolescência é um período de intensas mudanças físicas, emocionais, sociais e espirituais. Os jovens estão em busca de sua própria identidade, o que pode levar a comportamentos de afastamento e busca por privacidade. Isso pode ser mal interpretado como um sinal de que a mãe não é mais necessária. No entanto, é justamente nesse momento que o adolescente precisa de orientação e apoio.

A mãe, ao observar essas mudanças, pode sentir-se preocupada e até mesmo sofrer ao ver o filho enfrentando desafios, mas esse sofrimento é um reflexo do amor e do compromisso com a formação do filho. Além disso, os desafios da adolescência, como a pressão social, o desempenho escolar e os relacionamentos, exigem que a mãe esteja atenta e preparada para oferecer suporte emocional e prático. Reconhecer esses desafios e buscar abordá-los de maneira positiva é uma das formas de transformar o sofrimento em aprendizado e crescimento mútuo.

Comunicação e compreensão no relacionamento mãe-filho

Estabelecer uma comunicação eficaz é essencial para entender as necessidades e comportamentos dos adolescentes. Mães que se comunicam abertamente com seus filhos têm mais chances de identificar sinais de problemas e de oferecer o apoio necessário. Entender os diferentes estilos de comunicação dos adolescentes, principalmente por estarmos vivenciando a “era da tecnologia/informação”, e adaptar-se a eles pode ajudar a mãe a manter uma relação saudável e a evitar mal-entendidos. A comunicação é a chave para que a mãe não sofra “à toa”, mas sim, se posicione na educação do filho adolescente de forma consciente e proativa.

Por exemplo, ao invés de apenas repreender um comportamento inadequado, a mãe pode buscar entender as razões por trás dele e propor um diálogo. Frases como “Me explique o que aconteceu” ou “Como você se sentiu?” mostram ao adolescente que ele é ouvido e respeitado, criando um ambiente mais propício para a resolução de conflitos.

A importância do autocuidado para as mães

É fundamental lembrar que as mães também precisam cuidar de si mesmas. O sofrimento materno, muitas vezes, é intensificado pela sobrecarga de responsabilidades e pela falta de atenção às próprias necessidades. Investir em momentos de autocuidado, como praticar exercícios físicos, buscar apoio emocional ou dedicar tempo a hobbies pessoais, pode ajudar a mãe a enfrentar os desafios da adolescência com mais equilíbrio e serenidade.

Além disso, buscar suporte em grupos de mães ou terapia pode ser uma excelente forma de compartilhar experiências e aprender novas estratégias para lidar com os desafios da maternidade. Quando a mãe está bem consigo mesma, ela tem mais energia e disposição para cuidar do filho e construir um relacionamento saudável.

A influência das mudanças culturais e tecnológicas

Outro aspecto que não pode ser ignorado é o impacto das mudanças culturais e tecnológicas no relacionamento entre mães e filhos. A geração atual de adolescentes está crescendo em um mundo digital, onde as redes sociais, os aplicativos de mensagens e os jogos online desempenham um papel central em suas vidas. Para muitas mães, essa realidade é um território desconhecido, gerando ansiedade e dificuldade de conexão.

Compreender e aceitar essas mudanças é crucial para construir um relacionamento positivo. Isso não significa concordar com tudo ou permitir o uso irrestrito da tecnologia, mas sim buscar um equilíbrio. Participar das conversas sobre o uso saudável da tecnologia, conhecer as plataformas utilizadas pelos filhos e estabelecer limites claros são atitudes que podem ajudar a mãe a se sentir mais segura e conectada ao universo do adolescente.

Fortalecendo o vínculo através de experiências compartilhadas

Criar momentos de conexão é uma forma poderosa de fortalecer o vínculo entre mãe e filho. Atividades simples, como cozinhar juntos, assistir a um filme ou praticar um esporte, podem ser oportunidades valiosas para construir memórias afetivas e promover um diálogo aberto. Esses momentos ajudam a reduzir as tensões do dia a dia e mostram ao adolescente que ele é valorizado e amado.

Além disso, investir em experiências que permitam ao jovem explorar seus interesses e talentos, com o apoio da mãe, é uma maneira eficaz de reforçar o vínculo. Seja acompanhando-o em uma apresentação escolar, apoiando um projeto ou simplesmente mostrando interesse genuíno em suas conquistas, essas atitudes fortalecem a relação e reduzem o sofrimento materno.

Conclusão: O sofrimento materno é real e válido

Em conclusão, a frase “mãe de adolescente sofre à toa” é uma simplificação injusta da complexa realidade da maternidade durante a adolescência dos filhos. O sofrimento de uma mãe é uma resposta natural às preocupações inerentes ao crescimento e desenvolvimento dos jovens. Ao invés de desvalorizar esses sentimentos, é importante reconhecer a importância do papel da mãe e a validade de suas emoções.

Através da sintonia, comunicação e compreensão, mães podem navegar pelos desafios da adolescência ao lado de seus filhos, fortalecendo o vínculo familiar e contribuindo para o desenvolvimento saudável dos adolescentes. Mais do que isso, é essencial que as mães cuidem de si mesmas, buscando equilíbrio e apoio para enfrentar essa fase tão desafiadora quanto transformadora.

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O que acontece que meu filho adolescente não me escuta!? https://rosanaclaudiasantos.com/o-que-acontece-que-meu-filho-adolescente-nao-me-escuta/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=o-que-acontece-que-meu-filho-adolescente-nao-me-escuta https://rosanaclaudiasantos.com/o-que-acontece-que-meu-filho-adolescente-nao-me-escuta/#respond Fri, 17 Jan 2025 16:01:27 +0000 https://rosanaclaudiasantos.com/?p=97 Desafio da Comunicação na Adolescência A comunicação entre pais e filhos pode tornar-se um verdadeiro desafio durante a adolescência. Muitos pais se veem repetindo a frase “meu filho adolescente não me escuta”, sem entender o que está por trás dessa aparente desconexão. A adolescência é um período de grandes mudanças, tanto para os jovens quanto …

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Desafio da Comunicação na Adolescência


A comunicação entre pais e filhos pode tornar-se um verdadeiro desafio durante a adolescência. Muitos pais se veem repetindo a frase “meu filho adolescente não me escuta”, sem entender o que está por trás dessa aparente desconexão. A adolescência é um período de grandes mudanças, tanto para os jovens quanto para seus pais, e entender essas mudanças é essencial para melhorar a comunicação e fortalecer o relacionamento. Também será fundamental que se tenha a compreensão certa da diferença entre ouvir e escutar, pois podem parecer iguais, mas têm uma distinção específica que contribui no momento da comunicação entre pais e filhos.

Ouvimos algo de forma mecânica, pois temos o órgão do sentido da audição, o que acontece além da nossa vontade; podemos, inclusive, nos negar a ouvir tapando os ouvidos. Quando escutamos, agimos com a nossa vontade de “prestar atenção”, desejamos entender o que está sendo falado para nós, buscamos mais informações para compreensão e reflexão; trata-se de uma busca para, depois de entender e assimilar, saber se vamos concordar ou não e acatar ou não o que foi dito. Esse conceito revela que, geralmente, o adolescente apenas ouve seus pais para não causar mais conflitos/confusão; porém, não escuta e, por isso, não entende o que lhe foi dito e tampouco acata as orientações recebidas.

Assim, é fundamental que a mãe ou pai se certifique de que o filho escutou, compreendeu e qual o retorno dará em suas ações. Por exemplo, diga para seu filho para se certificar:

“Filho, o que você entendeu sobre o que acabei de falar com você? O que você pensa sobre isso?”.

Deixe o filho falar o que entendeu e, se houver dúvidas, ainda haverá tempo oportuno para novas explicações e orientações até que haja entendimento e concordância. A comunicação tem dois lados: quem emite a mensagem (informações) e quem as recebe. Se somente um lado funcionar, não existe comunicação eficaz.

Compreendendo o Comportamento Adolescente

Os adolescentes estão em uma fase de transição, deixando para trás a infância e caminhando em direção à vida adulta. Nesse processo, eles buscam independência, formam suas próprias opiniões e começam a questionar as autoridades, incluindo seus pais. Será preciso ter a consciência de que a adolescência é a ponte que levará o filho da infância ao mundo adulto e na transição dessa ponte (a adolescência) há variações de comportamentos, busca de novos ideais, alterações na comunicação e desenvolvimento de habilidades, pois além do emocional o físico (corpo) também está em evolução nas suas diversas transformações.

Quando os pais se queixam de que seus filhos não os escutam, muitas vezes isso acontece justamente porque estão falando com eles como se ainda fossem crianças, sem reconhecer que agora são jovens em busca de respeito e entendimento. Além disso, o repertório de vida também se transforma: tipos de músicas, filmes, seleção de alimentos, moda jovem, práticas esportivas e atividades específicas de sua galera surgem nessa transição. Acabou a infância; agora é o processo da adolescência.

É importante lembrar que, nessa fase, o cérebro do adolescente ainda está em desenvolvimento, especialmente as áreas responsáveis pelo controle das emoções e pela tomada de decisões. Isso significa que eles podem reagir de forma mais impulsiva e, às vezes, ter dificuldade em compreender as consequências de suas ações. Entender essa realidade biológica pode ajudar os pais a serem mais pacientes e a adaptar suas estratégias de comunicação.

A Importância da Escuta Ativa

Antes de questionar por que o filho adolescente não escuta, é importante que os pais se perguntem se estão realmente ouvindo seus filhos. A escuta ativa é uma ferramenta poderosa na comunicação, pois mostra ao adolescente que suas opiniões e sentimentos são valorizados. Quando os pais escutam de verdade, criam um ambiente de confiança e abertura, onde o jovem se sente mais confortável para compartilhar e escutar também.

Pergunte-se:

“Quando foi a última vez que tive uma boa conversa com meu filho adolescente ou saímos juntos para tomar um lanche, passar numa livraria ou até mesmo dar uma volta no bairro numa caminhada que promove a boa conversa?”

Esses momentos são essenciais para criar um vínculo emocional mais forte, que servirá como base para uma comunicação mais eficaz.

A escuta ativa também envolve prestar atenção à linguagem corporal e ao tom de voz do adolescente. Muitas vezes, o que eles não dizem explicitamente pode ser mais revelador do que suas palavras. Os jovens apresentam uma linguagem sem palavras e seus gestos, sons, comportamentos, até mesmo a forma de andar ou fechar uma porta de forma diferente do comum no dia a dia já diz muito, já comunica, por isso é fundamental se atentar aos tipos de linguagens jovens, inclusive a que não usa as palavras. Em todo o tempo o jovem filho está comunicando algo a sua mãe ou ao seu pai.

 Demonstrar empatia e a busca de compreensão, mesmo diante de opiniões ou comportamentos desafiadores, é fundamental para construir uma relação de respeito mútuo. Muitas vezes, a mãe ou o pai estará diante de uma argumento, ideia ou visão de mundo ou situação que não concorda, mas ao aceitar recepcionar tudo o que vem do filho para a busca de compreensão fará esse adolescente se sentir acolhido, importante, pois sua mãe ou pai se mostram dispostos ao entendimento e, logicamente, depois da compreensão, aí sim, poderá vir a orientação sobre o porque não será possível a concordância, mesmo tendo compreendido o que o filho está informando ou revelando. Nessa situação é preciso evidenciar argumentos que mostrem o quanto os pais se preocupam e se dispõem a decisão do que é melhor para esse filho levando em consideração as queixas, opiniões e/ou desejos desse jovem filho.

Adaptando a Comunicação à Adolescência

A comunicação eficaz com um adolescente requer uma adaptação por parte dos pais. O que funcionava na infância pode não ser mais efetivo. Os pais precisam reconhecer que seus filhos estão crescendo e que a forma de se comunicar deve evoluir junto com eles. Isso significa respeitar suas opiniões, dar espaço para que expressem seus pensamentos e sentimentos, e dialogar mostrando que há interesse nas coisas que são importantes para o filho e que fazem parte de seu mundo jovem.

Por exemplo, se o filho está interessado em jogos de videogame, os pais podem fazer perguntas sobre o jogo ou até tentar jogar juntos. Mostrar curiosidade genuína pelo universo do adolescente ajuda a criar uma conexão mais profunda e demonstra que os pais valorizam suas escolhas e interesses.

Outra estratégia é ajustar o tom e a linguagem durante as conversas. Evite sermões ou discursos longos e, em vez disso, opte por diálogos curtos e objetivos. Perguntas abertas, como “O que você acha disso?” ou “Como você se sente sobre isso?”, podem encorajar o adolescente a se expressar mais livremente, o que também denota ainda mais o interesse da mãe ou pai sobre tudo o que é importante para esse jovem filho.

Identificando as Causas da Desconexão

Quando um adolescente parece não escutar, é essencial identificar as causas dessa desconexão. Pode ser que o jovem esteja se sentindo subestimado, desrespeitado ou simplesmente não compreendido. Os pais devem estar atentos aos sinais e buscar entender o mundo do adolescente com o repertório jovem mais acessado pelo filho (músicas, games, esportes, moda, maquiagem, assuntos científicos, skate, lugares de encontros jovens, etc), suas preocupações e interesses diferentes que muitas vezes até não são interessantes ou adequados segundo a visão dos pais, mas que são muito acessados pelo jovem filho.

Entender o que está motivando o comportamento do adolescente pode ajudar a ajustar a abordagem dos pais. Por exemplo, se o filho parece estar distante ou desinteressado em conversar, pode ser um sinal de que ele não sente que suas opiniões são valorizadas. Nesse caso, abrir espaço para que ele fale sem interrupções ou julgamentos pode ser um primeiro passo para restabelecer a conexão.

Também é importante observar se fatores externos, como dificuldades escolares, amizades problemáticas ou o uso excessivo de tecnologia, estão contribuindo para a desconexão. Conversas honestas e abertas sobre esses temas podem ajudar a identificar possíveis obstáculos à comunicação.

Estabelecendo Limites e Expectativas Claras

Embora seja importante tratar os adolescentes com respeito e compreensão, também é essencial estabelecer limites e expectativas claras. Os pais devem comunicar de forma assertiva o que esperam de seus filhos, incluindo horários, responsabilidades e comportamentos aceitáveis. Quando os adolescentes entendem claramente o que se espera deles, é mais provável que escutem e sigam as orientações.

Uma abordagem eficaz é envolver o adolescente no processo de definição de regras e consequências. Isso pode incluir discussões sobre por que certas regras são importantes e como elas beneficiam toda a família. Quando os jovens se sentem parte do processo, tendem a aceitar melhor as limitações impostas.

Além disso, é essencial ser consistente na aplicação das regras. Mensagens contraditórias ou a falta de consequências claras podem confundir o adolescente e enfraquecer a autoridade dos pais. Por outro lado, reconhecer e elogiar comportamentos positivos pode reforçar o cumprimento das expectativas.

A Importância do Exemplo

Os pais são os principais modelos de comportamento para seus filhos. Demonstrar as habilidades de comunicação que desejam ver no adolescente, como compreensão, empatia e respeito é crucial. Se os pais esperam que seus filhos escutem, eles também devem estar dispostos a escutar.

Além disso, é importante que os pais mostrem como lidar com conflitos de forma construtiva. Isso pode incluir pedir desculpas quando necessário, admitir erros e buscar soluções conjuntas para os problemas. Essas atitudes não apenas fortalecem a relação, mas também ensinam habilidades valiosas para a vida adulta do adolescente.

Conclusão: Construindo Pontes de Comunicação

“Meu filho adolescente não me escuta” é uma queixa comum, mas que pode ser superada com compreensão, empatia e estratégias de comunicação adaptadas à adolescência. Ao reconhecer as mudanças pelas quais os jovens estão passando, escutar ativamente e respeitar sua crescente independência, os pais podem construir pontes de comunicação mais sólidas. Isso não apenas melhora o relacionamento presente, mas também estabelece uma base de confiança e respeito mútuo para o futuro. Lembre-se que o que for construído e firmado durante o processo da adolescência vai reverberar no futuro relacionamento de adulto com sua mãe ou com seu pai.

Perceba sempre que a comunicação com um adolescente é um processo contínuo, que exige esforço, disposição e dedicação. Com as abordagens certas, é possível transformar desafios educativos com o jovem filho em oportunidades para fortalecer os laços familiares nos relacionamentos e na comunicação e, também, preparar o jovem para uma vida adulta mais equilibrada e segura, já que a construção do futuro adulto é feita durante todo o processo educativo na adolescência.

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Como fazer meu filho adolescente se abrir comigo? https://rosanaclaudiasantos.com/como-fazer-meu-filho-adolescente-se-abrir-comigo/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=como-fazer-meu-filho-adolescente-se-abrir-comigo https://rosanaclaudiasantos.com/como-fazer-meu-filho-adolescente-se-abrir-comigo/#respond Fri, 10 Jan 2025 13:59:42 +0000 https://rosanaclaudiasantos.com/?p=89 Entendendo o Comportamento Adolescente Enfim, de repente, chegou o novo tempo, o tempo da adolescência, o tempo das dificuldades em dialogar, em ter a liberdade de ser espontâneo e estar com esse ser humano, o filho, que ao adentrar na fase da adolescência foi adquirindo novas formas de expressão, novos jeitos de interpretar as coisas …

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Entendendo o Comportamento Adolescente

Enfim, de repente, chegou o novo tempo, o tempo da adolescência, o tempo das dificuldades em dialogar, em ter a liberdade de ser espontâneo e estar com esse ser humano, o filho, que ao adentrar na fase da adolescência foi adquirindo novas formas de expressão, novos jeitos de interpretar as coisas e o que lhe é falado, parece que ficou complicado uma simples explicação sobre as tarefas escolares, sobre falar dos amigos, um questionamento antes inexistente que agora surge com força, um aborrecimento que magoa, ou seja, antes embora na infância haviam condutas a serem ajustadas quanto ao respeito, boa educação e bons modos, agora, tudo mudou, ficou diferente e o estranhamento vai surgindo nessa relação parental.

Inclusive, aquele filho que se abria, se jogava até no colo de forma aberta e espontânea se revelando ao máximo, agora se fecha, já não fala tudo, parece guardar alguns segredos, será por medo? ou por vergonha? ou por, simplesmente, não conseguir transformar em palavras assuntos que de tão simples podem, de forma inesperada, ficar complexo e difícil. Nesse panorama percebe-se o filho silencioso de um lado e a mãe, principalmente a mãe, e o pai, às vezes, transtornados sem saber o que fazer ou falar. Investe e vai em frente e tenta “arrancar” algum segredo desse filho ou “espera com paciência” se ele quiser falar, se ele quiser se expor. O que fazer, então??

Vamos entender sobre esse novo momento: compreender o comportamento do seu filho adolescente é o primeiro passo para estabelecer uma comunicação eficaz. A adolescência é um período de grandes transformações, onde o jovem não é mais criança e está em busca de sua própria identidade. É essencial que os pais entendam que, durante essa fase, o adolescente precisa de ajustes e correções, mas também de muita exaltação e reconhecimento pelos seus acertos.

A psicóloga clínica e educacional Rosana Cláudia Santos enfatiza a importância de valorizar os pontos positivos, pois isso pode ser mais relevante para o desenvolvimento saudável do adolescente do que a constante foco nas falhas. Nesse artigo, Rosana aborda 4 (quatro) pontos principais para que seja possível uma comunicação com diálogo aberto entre pais e filho adolescente, ou seja, para que o filho se sinta confiante em se “abrir” mais com sua mãe ou pai.

1 – Exaltando os Pontos Positivos

Para fazer com que seu filho adolescente se abra com você, é crucial começar exaltando seus acertos. Quando o adolescente é reconhecido por suas ações positivas, ele se sente mais aceito, importante e capaz.

 No dia-a-dia o filho adolescente tem atitudes espontâneas como, por exemplo, esticar o lençol em sua cama, organizar uma almofada que estava caída no tapete da sala, tirar o farelo do pão que está sobre a mesa do café da manhã, colocar os papéis de bala dentro do cesto de lixo e até mesmo levar a sua louça suja (copo, caneca, prato, garrafinhas de água) para a pia da cozinha e, talvez, até lavar corretamente.

Só aqui nesses exemplos, que parecem básicos e simples, há várias situações que merecem reconhecimento, já que não é foco de atenção e interesse de um adolescente que vive imerso em outros tipos de pensamentos, não é mesmo? Até porquê, quem mais se incomoda com essas ações é a mãe ou o pai quando não estão feitas. A organização da casa não é foco de atenção do adolescente devido ao momento em que vive; tempo de transformações e modificações bio-psico-sócio-espirituais intensas; existem outros fatores bem mais importantes e prendem o foco do jovem filho.

Em uma conversa, naturalmente, insira o reconhecimento de que viu e percebeu a ação positiva do adolescente:

 “…que bom você já ter adiantado para mim filho, você já levou a louça para a pia e já lavou, isso me ajudou muito, obrigada…

“…fico muito contente em te ver participativo comigo, hoje até limpou o farelo do pão que estava na toalha da mesa, gosto muito de te ver por perto…”

 Esse reconhecimento atende à necessidade de pertencimento, fazendo com que ele se sinta parte de algo maior e valorizado por suas contribuições. Portanto, antes de apontar o que precisa ser melhorado, certifique-se de destacar e celebrar as conquistas e comportamentos positivos do seu filho.

2 – Estabelecendo um Diálogo de Acolhimento

Um diálogo acolhedor é essencial para que seu filho adolescente se sinta seguro para se abrir com você. Isso significa estabelecer uma comunicação baseada na aceitação e no entendimento, onde o adolescente percebe que tem um espaço seguro para expressar seus pensamentos e sentimentos. Ao oferecer esse tipo de ambiente, você aumenta as chances de seu filho procurar por você quando precisar de apoio ou simplesmente desejar compartilhar algo sobre sua vida.

Aceitação não significa concordar com tudo, mas sobretudo mostrar ao filho que valoriza saber tudo sobre a vida dele, que tudo é muito importante pra você que é mãe ou pai de adolescente.

imagem: pai ou mãe recebendo abraço do filho adolescente

Será na posição de aceitação que o filho se sentirá acolhido e confiante em dialogar. Como mãe ou pai você deve ponderar tudo o que escuta, tudo o que vai refletindo sobre as novas informações que o filho lhe está trazendo. Após escutar até o final, com aceitação em permitir ao filho que se exponha da maneira que conseguir, o que fará o filho se sentir acolhido você entende e confirma com ele sobre esse entendimento. No momento que faz a confirmação do seu entendimento o filho passa a perceber que, realmente, deu atenção a ele, que prestou atenção no que ele lhe falou e, isso por si só reforça o conforto do acolhimento ao filho.

Adolescentes que se sentem acolhidos se revelam, se expõem com mais facilidade devido ao sentimento de pertencimento, se sentir aceito do jeito que consegue ser. Existem muitos filhos jovens que fabricam o seu posicionamento frente ao pai ou a mãe, mas quando saem da presença de seus pais apresentam outros tipos de comportamentos até mesmo negativos. Essa representação de “bom filho” na frente desse pai ou mãe é justamente para evitar receber julgamento, crítica ou por, simplesmente, não se sentir aceito e nem acolhido em suas necessidades reais pelos próprios pais.

3 – Corrigindo Com Empatia e Confiança

Embora seja importante exaltar os pontos positivos, também é necessário corrigir comportamentos equivocados, afinal mãe e pai são os adultos desse relacionamento, devendo dar as direções saudáveis e a garantia de que o filho irá segui-las. No entanto, essa correção deve ser feita com empatia e após estabelecer um vínculo de confiança. Quando o adolescente se sente compreendido e valorizado, ele tende a aceitar a correção de forma mais receptiva e a levar a sério as orientações dos pais. A correção, então, não é vista como uma crítica, mas como um cuidado e um investimento na sua melhoria contínua. De outra forma, quando o adolescente não se sente compreendido e nem valorizado é preciso fazer uma abordagem de aproximação para estabelecer uma conexão, uma sintonia mais saudável com esse filho. E, claro, corrigir dando sentido, é preciso que a correção tenha algum tipo de significado ao filho. Quando o filho é corrigido com a firmeza de uma mãe ou pai, mas não houve um sentido para isso, o filho poderá apenas se sentir ainda mais angustiado e aborrecido com sua mãe ou com seu pai; porém, sem nenhuma transformação ou aprendizado válido nessa correção, simplesmente porque não entendeu o sentido de tal atitude.

Na empatia (colocar-se no lugar do outro e saber o que fazer com o que compreendeu sobre o outro) será possível a compreensão do que se passa, quais os sentimentos, quais as reações emocionais e comportamentais, o que o filho precisa de você. Através da empatia é possível ter mais facilidade para se conectar com esse filho que aos poucos, numa relação de maior confiança, possa se “abrir” com mais liberdade ao seu pai ou a sua mãe.

4 – Fortalecendo o Sentimento de Pertencimento

O sentimento de pertencimento é extremamente importante para o adolescente. Ele busca se identificar com grupos e amigos que o aceite e valorize. Para fazer com que seu filho adolescente se abra com você, é essencial que ele sinta esse mesmo nível de pertencimento dentro de casa. Isso significa que os pais devem se esforçar para entender e participar do mundo jovem do filho, mostrando interesse por suas atividades e amigos, e oferecendo um ambiente onde ele se sinta parte integral da família.

Evidencie seus interesses pelas “coisas” do mundo jovem, como por exemplo: qual série está assistindo, que livro está lendo, do que se tratam essas histórias, compartilhe, troque ideias sobre o conteúdo da série, do livro ou até do game que mais gosta. Entrar no mundo jovem e mergulhar no conhecimento de tudo o que é importante ao filho é uma condição importante para que a confiança desse filho seja firmada.

Conclusão: A Importância da Paciência e Persistência

Fazer com que seu filho adolescente se abra com você não é uma tarefa que acontece da noite para o dia. Requer paciência, persistência e uma abordagem consistente que enfatize a exaltação dos pontos positivos antes de qualquer correção. Lembre-se de que seu filho é como um diamante em processo de lapidação, e você, como pai ou mãe, tem o papel de ajudar a moldar esse diamante sem quebrá-lo.

Com amor, compreensão e a estratégia correta, você fortalecerá sua relação com seu filho adolescente, criando um vínculo de confiança e abertura que durará por toda a vida. Existe a escolha de estar dentro ou fora do mundo jovem do filho adolescente. Se está dentro vai enxergar detalhes importantes sobre os novos interesses dele, e nem sempre o filho precisará lhe contar de tudo, pois você já estará lá respirando esse novo mundo juntamente com ele lhe dando mais autonomia e liberdade numa relação de confiança que vai se instalando, também.  Mas, saiba que estar fora do mundo jovem, não usando da empatia, não compartilhando momentos importantes de descobertas ou até de curtição com o filho as consequências serão de um filho que não confia, se fecha e esconde.

Que tal, então, se conscientizar do quão agradável e necessário é estar dentro do mundo jovem para estar mais próximo e acompanhar essa jornada jovem do filho adolescente que, mesmo estando vivenciando o processo da adolescência necessita demais das atitudes maternas e paternas como autoridade amorosa?

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A conexão certa dos pais faz muita diferença na vida do filho ADOLESCENTE! https://rosanaclaudiasantos.com/a-conexao-certa-dos-pais-faz-muita-diferenca-na-vida-do-filho-adolescente/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=a-conexao-certa-dos-pais-faz-muita-diferenca-na-vida-do-filho-adolescente https://rosanaclaudiasantos.com/a-conexao-certa-dos-pais-faz-muita-diferenca-na-vida-do-filho-adolescente/#respond Thu, 09 Jan 2025 14:49:37 +0000 https://rosanaclaudiasantos.com/?p=74 A Importância da Conexão na Adolescência A adolescência é um período de grandes transformações e desafios tanto para os jovens quanto para seus pais. Ambos se transformam, pois as atitudes nessa nova etapa se alteram, a visão do mundo imaginário do filho, que antes era uma criança, agora vivenciando o processo da adolescência, se altera …

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A Importância da Conexão na Adolescência

A adolescência é um período de grandes transformações e desafios tanto para os jovens quanto para seus pais. Ambos se transformam, pois as atitudes nessa nova etapa se alteram, a visão do mundo imaginário do filho, que antes era uma criança, agora vivenciando o processo da adolescência, se altera para a realidade diante do que passa a ver, sentir e perceber; os pais também observam novas formas de comunicação, novos tipos de comportamentos, novas escolhas e gostos variados que antes, na infância desse filho, não percebiam. Enfim, trata-se de um novo momento, a infância acabou e a adolescência chegou. Em princípio ao se deparar com essas novas vivências será muito importante se conscientizar que essas transformações fazem parte do desenvolvimento, de forma natural.

Nessa fase, a atitude dos pais em estabelecer uma conexão forte e saudável com seus filhos faz uma diferença significativa na vida dos adolescentes. Uma conexão genuína pode servir como um refúgio seguro, onde os jovens se sentem compreendidos e apoiados, mesmo diante das adversidades e das descobertas próprias dessa etapa da vida. Entender que na infância haviam atitudes maternas e paternas específicas e que na adolescência outros tipos de atitudes direcionadas às vivências da adolescência é fundamental para que os pais se tranquilizem e se permitam essa alteração. Muitas vezes, vemos mãe e pai tratando seu filho adolescente do mesmo jeito que o tratava na infância, o que constrange e não valoriza o momento atual desse filho.  

Entender e estar ciente de que não se tratam de transformações simples, mas de uma vida que vai se alterando completamente no interior e no exterior é importante para saber que tudo está acontecendo da maneira certa, ou seja, as transformações esperadas para o bom e saudável desenvolvimento estão acontecendo e, quer queira ou não, vão acontecer de qualquer forma, por isso buscar estar conectado com o Filho, com esse seu novo mundo, com as suas novas experiências orientando ou curtindo cada novidade, se fazendo presente e disponível para os ajustes e direcionamentos tão necessários para esse filho vai estabelecendo um novo tipo de conexão: uma sintonia entre mãe, pai  filho. Quando não há sintonia há desarmonia e ninguém escuta ninguém. A conexão saudável com o filho adolescente implica em oferecer a escuta ativa, diálogo aberto, assertividade, firmeza nas orientações e a consciência de que mãe e pai são referência e influência para dar o “norte” que o filho necessita. Quando o que se tem são julgamentos e críticas constantes, o afastamento poderá ocorrer e o filho buscar a maior fonte de referência e influência em outras pessoas distantes e muito diferentes das que costuma receber de seu pai ou de sua mãe.

É tão interessante e fundamental investir nessa conexão com o filho adolescente para que a autoestima desse filho que, naturalmente, vai sofrer oscilações, tenha a possibilidade de alcançar equilíbrio saudável o que proporcionará também a autovalorização, autorreconhecimento e autoaceitação, sendo percebidas de forma mais efetiva no final dessa etapa. A autoestima estará firmada de modo mais saudável desde que o processo de transformações tenha alcançado o suporte, apoio e orientação necessários e fundamentais, o que reforça ainda mais a importância da conexão, a sintonia saudável entre filho adolescente e sua mãe e/ou seu pai.

Essa é uma fase de descobertas, nova experiências em todos os sentidos, desde uma lanchonete nova top com aquele hambúrguer que os colegas mais falam, até a moda jovem descolada, os interesses no despertar mais intenso da sexualidade ou aquele discurso político ou econômico que revelam novos ideais que antes não apareciam nas falas infantis. Porém, agora na adolescência novos ideais e filosofias surgem nos pensar jovem. Durante a fase da adolescência novas crenças surgem diante de tudo o que o jovem observa, sente, percebe e nisso vai construindo novos pensamentos e afirmativas para si, ou seja, novas convicções que quando instaladas e acreditas se formam em novas crenças.

A conexão equilibrada com esse filho permite discussões saudáveis sobre esses novos ideais, convicções trazendo o contraponto da reflexão. Mãe e/ou pai que proporciona a oportunidade da reflexão sem imperar ser comandos diretos ajuda seu filho a refletir, a se conscientizar com uma análise certa antes de que tal pensamento ou vivência venha se transforma em crença e que não traga impedimentos para o desenvolvimento saudável desse filho adolescente.

Presença e Acompanhamento: Mais do que Supervisão

Quando um filho adolescente deseja explorar novos ambientes, como ir a uma balada pela primeira vez, um nova pista de skate, um show musical, etc., a presença dos pais é crucial. Mais do que apenas supervisionar, é essencial que os pais estejam disponíveis para oferecer suporte e orientação. Essa participação ativas da mãe e/ou do pai será vista de forma natural e não como intrusos se a conexão, a harmonia existir nesse relacionamento parental.

Acompanhar de perto essas novas experiências, sem invadir o espaço de liberdade do jovem, demonstra uma atitude de cuidado e interesse pela vida do filho, fortalecendo a conexão entre eles. Se a mãe ou pai entra no mundo jovem do filho, se conecta com os novos interesses que surgem, e olhe que são interesses variados, o adolescente até vai apreciar ter sua mãe ou pai por perto, pois não se sentirá constrangido, oprimido ou fiscalizado. Até porque, pai ou mãe que tem conexão saudável não precisa fiscalizar o filho com policiamento ou investigação dos feitos dele, já que estando na posição de autoridade amorosa que tem conexão parental dentro de seu novo mundo, o mundo jovem e não mais o mundo infantil, estará, naturalmente, ciente das atividades, compromissos sociais, escolares, amizades e até dos assuntos mais delicados que, na maior parte, são confidenciados pelo próprio filho, o que traz paz e tranquilidade a essa mãe e a esse pai.

Talvez, você possa até pensar que essa conexão, em tempos atuais, seja uma utopia. Mas, afirmo que será, sim uma utopia, quando não há o investimento e consciência de que agora é adolescência e não mais infância.

Se fizer as mesmas ações educativas como era na infância, certamente, não dará certo, já que as ação educativas infantis servirão apenas para essa etapa de vida anterior a adolescência.

Quando ambos se transformam, mãe, pai e filho, podemos perceber que, enfim, novas e agradáveis experiências poderão surgir, através da conexão certa nesse relacionamento parental.

O Valor dos Bons Princípios e Valores

Os princípios e valores ensinados pelos pais são a base para que os adolescentes façam escolhas saudáveis e responsáveis. Quando os pais se tornam um exemplo de bons princípios e valores, eles influenciam positivamente não apenas seus próprios filhos, mas também os amigos de seus filhos que podem encontrar neles um modelo de comportamento e um porto seguro, especialmente quando não têm essa referência em casa.

Os adolescentes são muito observadores e enxergam além do que se imagina. Então, revelar a filho adolescente uma conduta que não abra questionamentos da verdade vai favorecer a relação de confiança diante da clareza e da verdade enxergadas por esse filho na índole e caráter de sua mãe ou de seu pai. Mãe e pai devem zelar por sua postura e posicionamento com a verdade, o que inspira o filho a firmar a sua relação de confiança. De nada adiantará corrigir o filho quando profere mentira se, em muitos momentos, o que o filho observa é o pai ou mãe contando vantagem e usando uma “mentirinha” ou falando uma coisa e fazendo outra totalmente ao contrário. Integridade é palavra de ordem e que necessita ser mantida em toda e qualquer ocasião, já que, fundamentalmente, o adulto nessa relação parental, ou seja, a mãe ou o pai, é a maior referência e a maior influência para a vida desse filho que vive suas transformações próprias dessa nova fase e que, juntamente, está construindo a sua base de crenças fortalecedoras ou limitantes.

Construindo um Elo de Ligação Saudável

A construção de um elo de ligação saudável vai além de estar fisicamente presente. Envolve compartilhar interesses, ouvir e dialogar abertamente, e entender as individualidades do filho adolescente.

Mãe/Pai que compartilha com o filho adolescente os seus sonhos, objetivos, seus gostos individuais como um tipo de perfume, um gosto musical, qual pizza mais aprecia, experiências já vividas e até frustrações já sofridas tem um proveito positivo na conexão, no elo de ligação com seu filho adolescente, pois se revela mais “humano” para seu filho. Inclusive, será possível o filho se espelhar em sua mãe ou pai em interesses comuns ou se orgulhar dos feitos e empenho, tendo os pais como “modelo/exemplo” de vida.

Pais que estabelecem essa ligação saudável são capazes de oferecer um suporte emocional sólido, que é essencial para que os jovens se sintam seguros para enfrentar os desafios e as consequências de suas ações.

Autonomia e Consequências: Aprendizado e Crescimento

Conceder autonomia ao adolescente é uma atitude que faz diferença, mas deve vir acompanhada do entendimento das consequências de suas escolhas. Um filho bem orientado sabe que suas ações têm resultados, e mesmo que tenha que enfrentar essas consequências sozinho, ele estará mais preparado para fazê-lo se tiver uma boa conexão com seus pais. Essa conexão não significa proteger o filho de tudo, devendo saber que é possível “estragar” a vida de um filho dando ou fazendo de tudo (100%), sendo imprescindível prepará-lo para a vida, oferecendo apoio e orientação quando necessário, afinal mãe e pai são referência em sua autoridade amorosa.

Conexão e Sintonia: Comunicação e Compreensão

A verdadeira conexão entre pais e filho se manifesta quando há sintonia nos valores e princípios. Se os pais percebem que seus ensinamentos estão sendo levados adiante pelo filho, isso indica uma conexão forte. Por outro lado, se há desconexão, há afastamento, não há referência, não há ajuste de valores e princípios familiares sendo regidos na vida desse jovem filho que vivencia uma fase de muitas descobertas e novas experiências prazerosas e também desprazerosas. Uma vez que se conhece algo mais prazeroso o jovem se sentirá seduzido a repetição, pois aplaca e acalma as dores existenciais e incertezas do desenvolvimento (“o que vai ser do meu futuro, quais as minhas capacidades, difícil ter que mostras bom resultado em tudo, medo em desagradar as pessoas amadas, medo de fracassar, medo da não aceitação, medo de ficar sozinho e não ter amigos, sendo o social importante nessa época com seus novos referenciais, etc.” – essas são algumas das inquietudes do adolescente).

Nesse contexto, é essencial buscar formas de restabelecer esse elo, seja encontrando interesses em comum, seja melhorando a comunicação. A adolescência é um período em que os jovens formam suas próprias opiniões e visões de mundo, e os pais devem respeitar essa individualidade, mantendo o diálogo aberto e a conexão ativa, sempre direcionando para a reflexão das escolhas e suas consequências.

Conclusão: A Conexão que transforma

A atitude de estabelecer e manter uma conexão saudável com o filho adolescente é fundamental para o desenvolvimento de jovens confiantes, assertivos, conscientes de suas ações, responsáveis e preparados para a vida adulta. Essa conexão entre mãe, pai e filho é o alicerce que permite ao adolescente explorar o mundo com segurança, sabendo que têm o apoio e o amor de seus pais.

 A adolescência é ponte de transição que vai levar esse filho da infância até sua vida de adulto e, passar por essa ponte de transição sozinho sem a conexão com adultos relevantes que mostram os caminhos oportunos e positivos, bem como instruindo na formação do caráter para que se firme uma índole de valores e princípios saudáveis, da família, poderá resultar em sérias consequências psicológicas, afetivas, sociais e até físicas.

Portanto, investir tempo e energia para fortalecer esse vínculo é uma das atitudes mais valiosas que uma mãe e um pai podem ter na vida de seus filhos adolescentes, sendo a maior e melhor referência e influência saudável.

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